Segurança pública, comércio de ambulantes e comunicação visual pautam reunião da CDL Caxias com o novo prefeito
Representando as mais de 4,2 mil empresas associadas, diretores levaram demandas dos setores de comércio, serviços e indústria. Entidade se colocou à disposição do poder executivo para auxiliar no desenvolvimento do município
O novo prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, e a vice-prefeita, Paula Ioris, receberam na manhã desta terça-feira (12) a diretoria da CDL Caxias. Representando as mais de 4,2 mil empresas associadas à entidade, o grupo liderado pelo presidente Renato S. Corso levou as reivindicações dos setores de comércio, serviços e indústrias e colocou a entidade à disposição do poder público para auxiliar no desenvolvimento municipal. Também participaram do encontro os presidentes dos Conselhos Superior, Deliberativo e Fiscal Superior da CDL Caxias, Ivonei Miguel Pioner, Mauro Andreazza e Luíz Antonio Kuyava, respectivamente, o conselheiro e diretor do SPC, José Quadros dos Santos, o conselheiro e ex-presidente Valter Beretta, o gerente Administrativo Financeiro, Carlos Alberto Cervieri, e a assessora Jurídica e Institucional, Rita Bertussi. Nesta quarta-feira (13), os gestores serão recebidos pelo presidente da Câmara Municipal de Caxias do Sul, vereador Velocino Uez.
As lideranças da CDL Caxias entregaram ao novo governo um documento com 10 solicitações e dialogaram sobre as melhorias que esperam para uma cidade mais segura, organizada e próspera. Os pleitos vão desde o estímulo à economia, melhora na infraestrutura, revitalização da área central, segurança pública, intensificação da fiscalização do comércio de ambulantes e a desburocratização da lei de comunicação visual.
“Queremos ter um espaço aberto para o diálogo com a nova gestão pública. O Adiló e a Paula, quando vereadores, sempre foram muito ativos com as demandas que levávamos à Câmara. Durante as eleições, eles apresentaram um plano de governo muito interessante, justamente para Caxias voltar a crescer. E é isso que desejamos com esta visita: o desenvolvimento e a organização da cidade, que as empresas sejam estimuladas a ficarem no município e que haja mais segurança na nossa cidade”, contextualiza o presidente da CDL Caxias, Renato S. Corso.
O prefeito e a vice-prefeita, Adiló Didomenico e Paula Ioris, foram abertos às solicitações e se comprometeram a dar atenção as demandas setoriais.
“Está dentro da nossa proposta desburocratizar leis e fazer a economia andar. Os ambulantes, por exemplo, são uma bandeira minha desde 1985. Estamos em contato com o governo do Estado para buscar ajuda. Vamos criar uma força-tarefa. Contem conosco, não vamos deixar morrer este assunto. Praticamente todas as solicitações estão previstas no nosso plano de trabalho e já estamos desenvolvendo planos de ação para elas. Têm coisas que vamos precisar enfrentar devagar, mas a médio e longo prazo vão se resolver”, afirmou durante a visita o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico.
O tripé dos pleitos
Entre as demandas apresentadas, o presidente da CDL Caxias do Sul, Renato S. Corso, acredita que três delas são prioritárias: segurança pública, fiscalização do comércio de ambulantes e desburocratização da lei de comunicação visual.
Segundo o dirigente, é preciso que a gestão atual olhe com atenção e urgência as demandas de segurança pública. A entidade sugere investimentos de monitoramento por vídeo e cercamento eletrônico, além de melhora na iluminação para inibir ações criminosas.
Outro pleito antigo é o combate ao comércio de ambulantes nas ruas da área central, nos bairros, nas perimetrais e nas entradas da cidade:
“Nós apoiamos a realização de toda e qualquer ação que tenha como objetivo coibir o comércio ilegal de ambulantes no município. Enquanto os comerciantes, prestadores de serviços e outros empreendedores arcam com altos custos para a manutenção do negócio e para a geração de empregos formais, o comércio ambulante ocupa as ruas sem regulação ou compromisso com o pagamento de impostos e com outras obrigatoriedades que são inerentes a qualquer atividade econômica. Nosso sentimento é de total impunidade para quem vende e para quem compra”, explica Corso.
Além dos prejuízos aos empreendedores formais, a CDL também está atenta ao problema social e a forma degradante a que são submetidos os trabalhadores do comércio ilegal de ambulantes.
“Em janeiro de 2020, a entidade apoiou e auxilio a criação do Centro de Informações ao Imigrante, o CIAI, localizado junto ao Centro Administrativo Municipal, que busca ajudar pessoas de outras nacionalidades na colocação no mercado formal. Com este espaço, observamos que a maioria dos ambulantes não quer sair da rua, mesmo tendo oportunidades de empregos. Por mais este motivo, é necessário que haja fiscalização e estes trabalhadores enxerguem a formalidade como o caminho correto”, reforça o presidente Corso.
Outro pedido feito pela CDL Caxias é a continuação e desburocratização da lei da comunicação visual. Iniciado em março de 2020 junto com à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e à Procuradoria do Município, que foi suspenso devido à pandemia do coronavírus.
“Entendemos que a legislação vigente dificulta o andamento para aprovação dos materiais. Precisamos que o processo fique mais ágil e que a própria prefeitura possa dar uma resposta mais rápida de autorização. Alguns estabelecimentos levam dois a três meses para ganhar o aval para colocar a sua placa de identificação”, resume o dirigente