Delegado Wendt pontua sobre segurança cibernética na RA CIC

CIC Caxias recebeu o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Grande do Sul nesta segunda (22)

CIC Caxias -Emerson Wendt – foto Julio Soares

Os participantes da RA CIC Caxias desta segunda-feira (22) foram colocados à prova para entenderem o quanto se facilita os ataques cibernéticos pelo simples fato da conexão com o Wi-Fi. A provocação veio do palestrante convidado da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), delegado de Polícia Civil Emerson Wendt, que apresentou o tema “Fraudes digitais e segurança cibernética” para um público de empresários, autoridades, parceiros de negócios da entidade e imprensa.

Ao iniciar a abordagem, o especialista em Investigação Digital perguntou se os presentes estavam conectados à rede sem fio, para logo na sequência afirmar o ato como um dos processos que coloca as pessoas em vulnerabilidade no meio virtual, facilitando o acesso de criminosos cibernéticos. Conforme Wendt, a lógica de segurança é que se ative o sinal apenas enquanto se precise deles.

A exposição do tema se fixou nos eixos da metodologia dos ataques cibernéticos, tipos de “pescaria” virtual – ocorridos por ligações telefônicas e SMS, motivação dos ataques na internet e os com base na engenharia social (comércio eletrônico, PIX, cobrança indevida, auxílio emergencial, entre outros).

Também houve uma chamada à responsabilidade, uma vez que, segundo o delegado estudioso da temática, na hora de dar o golpe, os criminosos apostam 90% na falha humana e os outros 10% em falha técnica. “O que temos deixado ‘voluntariamente’ na internet? O que temos permitido ao concordar com termos sem ler adequadamente? ”. Para Wendt é imprescindível fazer uso de meios que inibam as intercepções de dados, como gerenciador de senhas, autenticadores, manter informações na esfera confidencial.

Já o recado para as organizações, do palestrante convidado da RA CIC, foi o da aposta na construção de frameworks integrando segurança orgânica (inteligência empresarial), segurança da informação e segurança cibernética, em um processo que envolve ainda diretores, colaboradores, fornecedores e clientes. Para Wendt, a segurança cibernética não se estende mais somente ao âmbito interno de uma empresa, mas também aos seus colaboradores, e num nível maior, amplia para fornecedores e clientes.  “É importante trabalhar a questão da segurança da informação do ambiente interno, qual a política que eu tenho de segurança à informação, se eu tenho regulamento interno de informação da empresa, se eu tenho setor específico para segurança cibernética e controle das ameaças cibernéticas, para um plano eficiente”, finalizou alertando que, “assim como não existe almoço grátis, na internet também não”.

Divulgação Sabe Caxias:

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