O assassinato legal por Miguel Brambilla
O pior dos mundos é o que tem corações de pedra. Um mundo habitado por pessoas incapazes de amar a vida com profundidade. O pior dos mundos é encontrar no coração dito civilizado a inversão de valores éticos e morais, transformando o assassinato em lei de estado. Isso está acontecendo agora na Argentina, logo aqui do lado e já acontece em outros lugares do mundo dito avançado. O que é avançar de verdade para essas pessoas? Neste artigo triste por estar vivendo esta realidade de almas pétricas, idiotizadas num egoísmo materialista e altamente consumista, onde o corpo passa a ser um produto do nada, manipulável de acordo com uma falsa sensação de propriedade e suas potencialidades reprodutivas também.
Não apenas na Argentina, mas no mundo que pleiteia o assassinato interno da vida força-se uma brecha maquiavélica para o inferno de outras guerras de conquista, de concentração de renda, de egoísmo. Ilustro este artigo com a imagem de um feto de 14 semanas. Pense por si você que lê este artigo, homem ou mulher se isso é apenas um aglutinado de células e que não há vida nisso. Esse é o limite, mas a vida já se encontra no feto a partir da primeira divisão celular é obvio, por que caso contrário não se registraria o desenvolvimento do embrião sendo que física, matemática e filosoficamente não existe efeito sem causa, mesmo no mundo material, onde seja desconsiderada a existência de Deus e os materialistas achem que enquanto no útero feminino, a morte seja escolha moral e ética da mãe, mesmo que não se registre o sofrimento, por que certamente existe.
Nessa lógica de pensamento, qualquer crime, o infanticídio em breve será autorizado, tornando legal matar-se um dependente incapaz, não importe a sua idade desde que não haja sofrimento. Na mesma lógica absurda que autoriza o aborto na Argentina hoje, em breve, se autorizará a pedofilia, sendo que humanos são produtos do sexo em massa, animais e quando indesejados, por descuido, ignorância ou aparente acaso, podem ser descartados.
Não é por acaso que nazistas refugiados encontraram guarida em parcela da sociedade argentina que agora é notícia mundial com esta expressão de profunda crueldade e descaso com a vida humana.
Não faltarão marxistas, feministas, comunistas, ateus para defender que as sub condições do aborto ilegal são condições que devem favorecer a legalização de tal crime, como vem acontecendo maquiavelicamente com argumentos demonizados pelo mal, primitivos e cruéis quase como os tempos dos sacrifícios bacantes do passado ao imolar-se o bafomé.
Combata-se então a clínica clandestina quer favorece o aborto ilegal e mantenha-se a criminalização dos atos. Mas não. Pela lógica inversa como há clínica clandestina de aborto e o ocaso social rico ou pobre permite que mortes aconteçam nestes locais, legalize-se tal forma de assassinato, como direito de escolha da mãe que normalmente, fruto de estupro, pedofilia ou ignorância, pouca capacidade emocional tem para decidir.
Os nazistas faziam transplantes de braços e pernas, injetavam tintas nos olhos, faziam experiências com gêmeos terrivelmente cruéis, patrocinada pelo sádico foragido de guerra Josef Mengele que passou uma temporada nos hermanos pampas e outra em Santa Catarina supôe-se e morreu há 40 anos. Vide na internet “Experiências de Mengele” e outros filmes dedicados a lembrar a memória do monstro nazista.
Desta forma então, se popularizarem experiências clandestinas deste tipo, é preciso tornar legal este tipo de prática para que se tenha o controle estatal?
Obviamente que não.
Mesmo em estados laicos como o Brasil, a questão não é religiosa. Se não se garante o direito do cidadão nascente, logo ali adiante já se terá o resultado da falta de garantia civil para todos, instalando-se em breve estados de exceção, autorizando-se por lei e decreto a morte de deficientes físicos, deficientes mentais, idosos ou qualquer outro tipo de produto indesejado pela sociedade cruel. O filho poderá executar o pai idoso e doente, a mãe esclerosada, o irmão com dificuldades mentais. A eutanásia será estimulada em todos os casos. O que não for puro, ariano, perfeito, não terá espaço na sociedade e abre-se comportas para que neste esteio do assassinato abortivo, ressurja no mundo esta onda neonazista de permitir-se que para estes puristas se escravize ou extermine raças consideradas por essa sociedade aloprada, inferiores. Inferiores no intelecto, inferiores na cor, inferiores no caráter.
Somente uma sociedade sem alma é capaz de legalizar e justificar a ação abortiva. Não estamos falando da presença de Deus nesta decisão, apesar de já se ter compreendido ou pelo menos intuído o que significa ética, moral, respeito, mesmo que não se pratique por que os graus de corrupção só crescem.
Não se respeita o próximo, não se reconhece o próximo. O próximo do materialista é o poder e o dinheiro que se entranham em si na ganância, na vaidade, no hedonismo, na ambição ilimitada. A brecha de leis abortistas que estão rompendo as barreiras dos congresso é a simples materialização deste sentimento egoísta. Sentimento que nem mesmo na pandemia se abranda. Sentimento que é capaz de levar a humanidade ao extermínio e à uma guerra nuclear mundial ou regional logo ali na frente, quando os resultados destas práticas aprofundarem ainda mais o negacionismo ao qual estamos embretados neste momento de grandes desafios filosóficos.
Não há lógica social que explique a legalidade abortiva. Os governantes consagram soluções imediatistas por que enxergam o lucro nisso. É certo que o lobby da saúde em todos os congressos, trabalha com vigor e muita corrupção e propina, no esforço de abrir um mercado de clínicas, medicamentos, faculdades, em nome de uma prática que ao invés de ser legalizada, o aborto, deve ser combatida na sua clandestinidade.
Muito melhor seria um estado acolhedor, que oferecesse boa educação social, sexual para todos. Permitisse que todos tivessem acesso de verdade ao acompanhamento psicológico na vida real quando se encontram dificuldades na questão da gravidez indesejada, prematura, precoce ou forçada e assim por diante. Mas não. Força-se a liberação geral, responsabilizando-se o indivíduo despreparado.
Não são os ricos que morrem em clínicas abortivas clandestinas, quando suas filhas, despreparadas pela omissão dos pais desocupados da educação esquecidos de amar, substituem amor por dinheiro. A vergonha do rico que tem a filha precocemente grávida é o aborto pago bem caro em clínicas clandestinas bem equipadas, raramente levando a morte, hospitais particulares. Quem morre em todo abismo social aos borbotões são os pobres.
Porém, melhorar as clínicas clandestinas ao invés de se trabalhar a educação, é como melhorar a qualidade da droga que está causando câncer, o que aliás se faz muito na indústria fumageira.
Se a foto deste artigo não ofende o abortista e não choca, assim com a foto do doente na carteira de cigarro não choca o viciado. Não há o que argumentar com o negacionista que irá optar pela crítica que baseada no esteriótipo de se acusar de falso moralista a defesa religiosa contra o aborto ou mesmo o argumento social, carregará o rótulo de machista, de alienado, de conservador, de retrógrado. Não considero isso avanço social. Essa marcha de distorção ética levará a sociedade mundial à um profundo e amargo resgate no futuro próximo.
Legalizar o assassinato, tornando permissível aquilo que já é pratica comum além de não melhorar a oferta de saúde pública que já é precária não só na Argentina, mas nos países listados pela autorização da prática, vai fortalecer a criação de mais uma avenida para a corrupção pública, já que na base os estados terão que criar condições para que os pobres tenham acesso as clínicas públicas abortivas. Como os políticos de agora em sua maioria, trabalham na base da propina e do peculato, é certo que o esforço de muitos, antevendo possibilidades, já tem a lista de possíveis conchavos preparada, abrindo já canais para a instalação dos propinodutos.
Não são somente Herodes da era moderna os abortistas. São piores que isso na coletividade que abrange o falso poder da democracia que deslustram, criando leis cruéis em nome da defesa e do desencargo de uma consciência coletiva hipócrita, que constitucionaliza o reinado do mal e do egoísmo nos tempos que deveriam ser der aproximação humana.
Nós que participamos calados deste mundo apodrecido pela materialidade das coisas, devemos coletivamente engolir a placenta apodrecida do voto maldado, da omissão coletiva, da incapacidade de escolher legisladores melhores.
Devemos aguentar o gosto do sangue que aliás, é o gosto da contaminação viral do vírus mortal que nós afeta com milhões de mortes, simplesmente ignoradas por alguns líderes mundiais.
Deveremos chorar no futuro, o idoso que não existiu por que no pode nascer, a idiotização de uma sociedade que usa sua experiência para o mal.
Lamentemos pelos irmãos argentinos que viverão seus dias de inferno iludidos pela embriagues da falsa sensação de liberdade que leis como essas, cruéis, assassinas, libertinas, costumam trazer euforicamente num primeiro momento.
Esperemos que esta onda de crueldade não se irradie para outros ares, e que o Brasil consiga suportar os momentos de obscurantismo de governos corruptos e ignorantes que se sucedem dia após dia, até que se possa encontrar coerência real em caminhos de amor ao próximo, como cidadão, como vida, como algo que não é criação humana. Enquanto isso, mergulhemos os pés no charco da placenta dos não nascidos, que entre banquetes pantagruélicos em comemoração aos progressos do mau, comerão como disse Raul Seixas “cabeça de gente que pensa, por que quem pensa, pensa melhor parado”.
Irmãos argentinos, tirem o peru da ceia de natal e bebam o sangue de suas gestantes atacadas pela hipocrisia legalizada. Talvez assim, o mau exemplo que está sendo dado para o mundo sensibilize a forma como a vida é tratada neste planeta.
Rimos com sangue entre os dentes, com lágrimas de crocodilo e com os rins cheios de ácido gerado pela carne morta dos filhos da nossa civilização, que não poderão nascer e talvez pudessem nos salvar.
Deus, por favor nos ajude.
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