Ondjaki, Afonso Cruz e Cida Pedrosa estão no Quintal da Língua Portuguesa

Projeto promoverá encontros online com autores, estudiosos e leitores falantes do idioma, para discutir obras de ficção, semelhanças e diferenças culturais de cada país

 

Cida Pedrosa Credito Andrea Rego Barros

O Instituto de Leitura Quindim (Brasil) realiza, em parceria com o Bichinho do Conto (Portugal), e a Kacimbo Produção Cultural (Angola) o projeto “Quintal da Língua Portuguesa”, que oportunizará encontros online sobre literaturas em Língua Portuguesa, para pensar e discutir as interfaces culturais e artísticas do universo das obras dos países falantes deste idioma. As conversas acontecerão via Zoom, no segundo sábado de cada mês, ao longo de 2021. Os três primeiros convidados a participar dos bate-papos serão o escritor angolano Ondjaki (13/02), o autor português Afonso Cruz (13/03) e a poeta brasileira Cida Pedrosa (10/04), sempre às 14h (horário de Brasília), 17h (Lisboa) e 18h (Luanda).

Criado em 2011, no Rio de Janeiro, por um grupo de artistas, dentre eles os membros fundadores os autores Edna Bueno, Lucília Soares, Ninfa Parreiras, Ondjaki e o presidente do Instituto de Leitura Quindim, Volnei Canônica, o Quintal retoma o projeto reunindo escritores, editores, especialistas, estudiosos e leitores para conversar sobre a relação de cada convidado com a Língua Portuguesa, explorando o fazer literário e a arte, sempre promovendo a troca de ideias, experiências e sotaques. A curadoria dos encontros contará com o time original incluindo Mafalda Milhões. A logomarca do projeto foi criada pelo premiado ilustrador pernambucano André Neves.

Sentar ao redor de uma mesa, embaixo de uma árvore, trocar ideias com gerações diferentes faz parte deste território chamado quintal. Este clima descontraído é o objetivo dos encontros do Quintal da Língua Portuguesa, que ultrapassa as fronteiras físicas em tempos de distanciamento social, provocado pela pandemia de Covid-19, conforme explica Volnei. “Somos uma grande família unidos pela Língua Portuguesa, mas com sotaques, costumes e peculiaridades que nos aproximam e nos diferenciam. O Quintal é um espaço afetivo, acolhedor, de vivências e colheitas”, afirma.

Inscrições para o Quintal da Língua Portuguesa podem ser realizadas no site Instituto de Leitura Quindim no link https://bit.ly/36BUfSv. O investimento para participar de cada encontro será de R$ 50,00 para o público em geral e de R$ 25,00 para conveniados das entidades parceiras (Senalba, Sinpro e Sindserv Caxias do Sul). Ex-alunos dos cursos do Quindim podem solicitar desconto no e-mail institutodeleituraquindim@gmail.com .

Conheça os primeiros convidados do Quintal da Língua Portuguesa:

Afonso Cruz: É escritor e ilustrador português. Desde 2008, ano em que se iniciou na escrita, publicou mais de trinta livros, entre romances, teatro, não-ficção, ensaio e álbuns ilustrados. Colabora regularmente em jornais e revistas e os direitos dos seus livros foram vendidos para mais de vinte línguas. Foi vencedor do Grande Prêmio de Conto Camilo Castelo Branco, com Enciclopédia da Estória Universal, em 2010, Prémio Autores 2011 SPA/RTP; escolha White Ravens 2011; Menção especial do Prémio Nacional de Ilustração, Lista de Honra do International Board on Books for Young People (IBBY); Prémio Ler//Booktailors na categoria Melhor Ilustração Original e Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração 2011, com A contradição humana, Prémio da União Europeia para a Literatura 2012, com A boneca de Kokoschka, Prémio Time Out — Melhor Livro do Ano, 2012, com Jesus Cristo bebia cerveja, Prémio Sociedade Portuguesa de Autores 2013, com Para onde vão os guarda-chuvas, Prémio Nacional de Ilustração 2014, com Capital e Prémio Fernando Namora 2015, com Flores.

Cida Pedrosa: Pernambucana, de Bodocó, Cida é advogada, escritora, poeta e política, que começou a carreira na literatura no início da década de 1980, com o livro de poesias Restos do fim (1982). Na sequência, veio a coletânea O cavaleiro da epifania (1986), após 14 anos ela lançou Cântaro (2000) e, cinco anos depois foi a vez de Gume (2005), também coletâneas poéticas, editadas por ela mesma. Dando seguimento vieram As filhas de Lilith (2009), Miúdos (2011), Claranã (2015), Gris (2018), Solo para Vialejo (2019), que à fez vencedora do Jabuti 2020, levando também o Jabuti Dourado de Melhor Livro do Ano; e Estesia (2020).

Ondjaki: Nascido em Luanda, na Angola, Ondjaki é artista plástico, cineasta, poeta e escritor, tem livros traduzidos na França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e China. Entre as premiações estão: Prémio Sagrada Esperança (Angola, 2004) e Prémio Literário António Paulouro (Portugal, 2005) com E se amanhã o medo; e Grande Prémio APE (Portugal, 2007) com Os da minha rua. Ondjaki foi o único representante africano entre os 10 escritores finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2008. Foi premiado ainda com Grinzane for Africa Prize – Young Writer (Etiópia/Italia/2008); em 2010 venceu o Prêmio Jabuti na categoria juvenil e Prémio FNLIJ 2010 “literatura em Língua Portuguesa”, com o romance Avó Dezanove e o Segredo do Soviético; Prémio Caxinde do Conto Infantil, com Ombela, a estória das chuvas (Angola, 2011); Prémio Bissaya Barreto 2012, com A bicicleta que tinha bigodes (Portugal, 2012); Prémio FNLIJ 2013 “literatura em Língua Portuguesa”, com A bicicleta que tinha bigodes; Prémio José Saramago 2013 pela obra Os transparentes; Prémio FNLIJ 2014 “literatura em Língua Portuguesa”, com Uma escuridão bonita (Brasil); Prémio Littérature-Monde 2016, na categoria de literatura não francesa, com o livro Os Transparentes.

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