UCS conquista carta-patente de resinas epóxi na área da nanotecnologia
O projeto é inédito e foi desenvolvido no Laboratório de Polímeros (LPOL) por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos e Tecnologias. Inovação consiste na adição de ativos a resinas para ampliar sua resistência ao impacto
A Universidade de Caxias do Sul celebra a conquista de mais uma carta-patente na área da nanotecnologia. A invenção intitulada Resinas epóxi compreendendo modificadores inorgânicos e processo de produção de resinas epóxi propõe adicionar aditivos a resinas para ampliar sua resistência ao impacto, tornando-as mais flexíveis.
O projeto é inédito e foi desenvolvido no Laboratório de Polímeros (LPOL) da UCS com supervisão do professor Ademir Jose Zattera, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos e Tecnologias da Universidade. A patente de invenção foi concedida pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) em maio de 2020.
A invenção pode ser utilizada em processos produtivos que usufruem de revestimentos à base de resina epóxi que tenham a necessidade de resistir ao impacto, tal como tintas diversas. O projeto se diferencia das demais resinas epóxi já conhecidas pela melhoria no processo de evitar rachaduras, fissuras ou desplacamento de revestimentos. Também, há um aumento na estabilidade térmica, sendo o produto resistente a temperaturas de exposição maiores.
Como motivação para o desenvolvimento, com vistas a aplicações na indústria automotiva e metalmecânica, o docente destaca a busca pela criação de novos produtos no ramo da nanotecnologia aplicáveis na fabricação de tintas à base de epóxi, para utilização, por exemplo, em botões para indústria têxtil e adesivos. O projeto foi desenvolvido há 10 anos.
Neste período, o professor Zattera conta que o grupo da UCS que atua no segmento de Polímeros depositou 20 patentes na área da nanotecnologia. Dentre elas, está um sorvente voltado a casos de derramamento de óleo a partir da utilização de nanofibras de celulose, nanocelulose em elastômeros, grafeno na produção de coletes e capacetes militares (blindagem balística), tintas modificadas com grafeno e nanoargila, rotas de produção de grafeno e óxido de grafeno, e espumas para tratamento de derramamento de petróleo, óleos orgânicos industriais e combustíveis orgânicos.
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