O Grupo Cultural convida para a ÓRBITA LITERÁRIA 336 LIVE via Facebook.com/davelha Flaubert A Força Literária de Madame Bovary do século XIX aos dias atuais
ÓRBITA LITERÁRIA 336
LIVE via Facebook.com/davelha
Flaubert
A Força Literária de Madame Bovary
do século XIX aos dias atuais
Painelista: Marilia Frosi Galvão*
Mediação: Ana Cardoso
Neste ano de 2021, comemoraremos os duzentos anos do nascimento do escritor francês Gustave Flaubert (12/12/1821). Nascido em Rouen, capital da Normandia, a 130 km de Paris. Esta região de Rouen e arredores é o cenário onde transitam os personagens de sua obra mais famosa – “Madame Bovary”. Flaubert marcou a literatura francesa ( e mundial) pelas profundas análises psicológicas, pelo senso de realidade, pela lucidez em comportamentos sociais burgueses e pela força de seu estilo.
Após a publicação do livro, o filósofo francês Jules de Gaultier utilizou o termo – “bovarismo” para definir “o poder atribuído ao homem de conceber-se outro” . Com a fundamentação na personagem Emma Bovary, em termos clínicos, hoje, o bovarismo é descrito como uma deformação do sentido da realidade – a pessoa tem uma autoimagem alterada.
Assim, constatamos que, após 164 anos de sua publicação, Madame Bovary não só é um clássico, porque ainda persiste, mas porque tem muito ainda o que nos contar.
Há que se destacar outras obras importantes de Flaubert : “A Educação Sentimental”, “Três Contos”, dentre tantas. Nelas, somos arremessados ao universo dos valores e costumes e acontecimentos históricos da segunda metade do século XIX na França e restante da Europa.
Outros autores escreveram obras similares e realistas, como Flaubert, nelas devastam e criticam as convenções burguesas desse tempo, e mostram o que não foi revelado no Romantismo – o amor adúltero, a falsidade, o tédio existencial, a ambiguidade feminina, crucial para se defender de um regime patriarcalista. Claramente inspiraram-se em Flaubert, o que não prejudicou em nada o seu poder literário e o fato de tornarem-se outros clássicos. Exemplificamos com Machado de Assis no romance “Dom Casmurro” onde fica a dúvida – Capitu traiu ou não traiu? e Eça de Queirós com a obra “O Primo Basílio”, em que a heroína segue os passos de Emma Bovary.
Nesse contexto, temos uma das respostas de por que ler os clássicos: O PODER DA LITERATURA.
* Marilia Frosi Galvão nasceu e vive em Caxias do Sul/RS. Possui titulação em Letras Português-Francês pela UCS. Professora de Língua e Literatura em escolas estaduais e particulares de Caxias do Sul até 2009. Tem publicações de contos e crônicas em blogs e em Antologias. “Fagulhas” é seu primeiro livro de crônicas solo.
Foi premiada em conto e crônica em Paris, em 2012 e 2014, no Concurso Internacional “ La Plume d’Or”.
Desde 2020 escreve um artigo/crônica/ensaio mensal para o site www.silvanatoazza.com.br
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SERVIÇO – Órbita Literária 336 – LIVE
Painelista: Marilia Frosi Galvão
Tema: Flaubert – a força literária de Madame Bovary do séc. XIX aos dias atuais
Mediadora: Ana Cardoso
Técnica: J. C. Fantin
Dia: 5 de abril de 2021, segunda-feira, às 20 horas
Link: Facebook.com/davelha
Apoio: Livraria e Café Do Arco da Velha
Rua Dr. Montaury, 1570, Centro, Caxias do Sul – RS
Tel.: (54) 3028 1744
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