Executivo das Empresas Randon analisa cenários antagônicos da economia e sugere medidas contra crise
Joarez José Piccinini, que é também diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC Caxias, palestrou na reunião-almoço da entidade
Manter disponibilidade de caixa; evitar tomada de empréstimos para capital de giro de curto prazo, alongar o perfil da dívida; aplicar com segurança a sobra de caixa; manter investimentos em qualificação de pessoas e inovação; controlar gastos com implementação de sistemas e processos automatizados e diversificar e fonte de abastecimento de matérias-primas e insumos. Estas foram as sugestões elencadas pelo diretor-superintendente de Serviços Financeiros e Relações Institucionais das Empresas Randon, Joarez José Piccinini, durante sua palestra na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) nesta segunda-feira (8). “O mundo não vai acabar, nós já sobrevivemos a outras crises, não será uma volatilidade em função da eleição que vai nos tirar do trilho”, declarou o palestrante.
Piccinini falou sobre os avanços e os entraves econômicos e políticos que atualmente colocam o Brasil em dois cenários antagônicos. De um lado, crescimento acima da média mundial, 12ª maior economia do mundo, inúmeros projetos estruturais contratados com investimento privado, carteira repleta de projetos de parcerias em todos os setores da economia e avanço em algumas reformas. De outro, déficit fiscal, incertezas políticas, eleição presidencial, inflação, crise hídrica, câmbio, educação precária, insegurança jurídica e regulatória e impunidade. Estas são as duas faces de um mesmo Brasil, analisou Joarez Piccinini, que é também diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC Caxias.
“Temos um dos maiores portfólios de investimentos de infraestrutura do mundo”, afirmou. Para Piccinini, com as privatizações, o País conseguirá recuperar parte da competitividade que é perdida com o Custo Brasil. “O Brasil tem crescido muito menos do que seu próprio potencial em razão do atraso em reformas importantes. É o ônus que nós temos com a máquina pública, com os impostos elevados e com a infraestrutura ineficiente e onerosa. Não vai ser da noite para o dia, mas nós temos condições de ser a quinta, a sexta economia do mundo”, analisou.
Divulgação Sabe Caxias:
Em sua manifestação de abertura, o presidente da CIC Caxias, Ivanir Gasparin, também fez menção às dualidades do País. “Temos que exaltar o Brasil que dá certo. O Brasil é pujante, cujo potencial está sendo olhado pelo mundo todo. Caxias do Sul é um exemplo do Brasil que dá certo, precisamos de mais empreendedores, de mais empresários e de pessoas que continuem inovando. Novas tecnologias seguem abrindo novas oportunidades, que, se soubermos aproveitar, nos levarão ao Brasil que queremos, um Brasil de uma única face, a face do progresso e do desenvolvimento acessível a todos os brasileiros”, discursou.
Durante o evento, Gasparin também homenageou o empresário José Antônio Fernandes Martins, que na semana passada recebeu a Ordem do Mérito Industrial São Paulo, condecoração dedicada a personalidades e instituições nacionais ou estrangeiras que tenham se tornado dignas do reconhecimento ou da admiração da indústria, conferida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Divulgação Sabe Caxias:
Marco alusivo aos 120 Anos
Na parte da manhã, foi realizada a solenidade de descerramento da placa alusiva aos 120 anos da CIC, em marco instalado no estacionamento central da entidade. A placa havia sido inaugurada em 9 de julho pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a cerimônia de abertura da 1ª Feira Brasileira do Grafeno, realizada na Universidade de Caxias do Sul.
Acompanharam Ivanir Gasparin no ato solene de descerramento da placa os presidentes dos conselhos Deliberativo, Emir José Alves da Silva, e Superior da entidade, David Randon.
Foto: Ana Clara Nazario/CIC Caxias