Comercializações de final de ano aumentam 18,6% alavancadas pelas vendas de Natal

Principal data comemorativa do comércio teve um incremento de 21,8% em comparação à 2020, aponta levantamento da CDL Caxias do Sul. Tíquete médio chegou a R$ 478,70

Quase 50% das vendas para o Natal se concentraram nos 15 dias que antecediam a celebração
Créditos: Julio Soares/CDL Caxias

Um movimento que iniciou com a Black Friday no final de novembro, se intensificou nos 15 dias que antecederam o Natal e se estendeu até a primeira quinzena de janeiro com as trocas de presentes resultaram num aumento de 18,6% nas comercializações do final do ano, frente à 2020. É o que aponta o levantamento do Núcleo de Informações da CDL Caxias do Sul, realizado junto a empresas dos segmentos de brinquedos, higiene e beleza, vestuário, calçados, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, eletro portáteis, utensílios domésticos e alimentos.

Somente o Natal, principal data comemorativa para o varejo, teve um crescimento de 21,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O tíquete médio também apontou incremento de 8,6%, alcançando R$ 478,70 contra os R$ 440,57 apurados junto aos consumidores na Pesquisa de Intenção de Compras para a celebração. A maioria dos empresários entrevistados disseram que as vendas para o Natal foram muito melhores (21,20%) ou melhores (51,50%) do que em 2020.

De acordo com os participantes, entre os fatores para a expansão dos negócios está a ida presencial das pessoas até as lojas, o que favorece na hora da comercialização, pois os vendedores acabam mostrando e oferecendo mais artigos. O fato de muitos clientes estarem com desejos e necessidades de produtos reprimidos por conta da pandemia também influenciou e, em alguns casos, propiciou para que os consumidores adquirissem itens por impulso. Além disso, o Natal é uma data muito comovente e a própria época faz as pessoas comprem presentes para si e para familiares e amigos.


“Observamos com bons olhos este crescimento nas vendas, que reflete de forma otimista a retomada na economia.
 Para o setor de vestuário e calçados, a volta do trabalho presencial também colaborou para o aumento das vendas. Entretanto, apesar do bom desempenho, estamos comparando os números com os resultados de 2020, que foi um ano muito ruim para o comércio por conta da pandemia”, pontua Cleber Figueredo, coordenador de Tecnologia Informação e Inovação da CDL Caxias.

“Apesar da ascensão, verificamos a perda do poder aquisitivo da população, causada pela crise, o que também influenciou na procura por produtos mais baratos. No setor de eletrônicos e eletrodomésticos e até mesmo de vestuário, as liquidações de novembro e janeiro impactam nas vendas de Natal, pois os consumidores sabem que haverá produtos mais baratos antes ou depois da data. Pensando nisso, muitas marcas acabaram realizando ações para atrair os clientes”, complementa.

Alternativas para vender mais no Natal

Além da decoração natalina nas vitrines e lojas para sensibilizar a população – realizada por 87,9% dos entrevistados -, muitos lojistas apostaram no marketing digital mais agressivo para divulgação da loja e dos produtos como forma de atrair clientes. Alguns participantes também afirmaram que fizeram promoções, comercializaram a preços competitivos, promoverem premiações e entregaram brindes ou ofereceram cashback.

A utilização de redes sociais para divulgação de produtos e promoções pelo Facebook e Instagram, e aplicativos de mensagens, como WhatsApp, foi unânime entre os entrevistados, revelando que o uso de ferramentas digitais é algo fundamental para o crescimento dos negócios. Apenas 12,1% dos participantes possuem site próprio de vendas.

“Pouco mais de 28% afirmaram que as ferramentas digitais influenciam positivamente no faturamento e outros 37,50% que estes canais agregam um pouco na rentabilidade da empresa. Isso mostra que para 65,6% dos lojistas os meios digitais ajudam a incrementar de alguma forma os negócios. Para aqueles em que as vendas no digital não geraram um faturamento considerável, o principal motivo é que 69,6% utilizaram as mídias sociais mais para divulgação dos produtos e da marca do que para vender no on-line, e, assim, atrair o cliente até a loja para efetivar a compra, tendo a possibilidade de vender algo a mais”, contextualiza Figueredo.

Aquisição e trocas de presentes       

O levantamento da CDL Caxias também apurou que a procura pelas compras para o Natal predominou 15 dias antes da data, com 46,8% da preferência, e 34,40% dos consumidores optaram pela semana da celebração. Pouco mais de 12% dos lojistas disseram que a procura foi durante todo dezembro e apenas 6,30% no início do mês.

As trocas de presentes recebidos nas festas de final de ano ainda movimentaram o comércio caxiense nesta primeira quinzena de janeiro. Cerca de 72% dos lojistas afirmaram que na semana entre o Natal e o Réveillon e os primeiros dias de 2022 realizaram trocas de mercadorias. De acordo com a sondagem, 30% dos empresários disseram que as trocas geram bastante movimento nos estabelecimentos e incrementam as comercializações ligadas ao período, e 26,70% avaliam como sendo um fluxo razoável.

“Dos 43,30% dos entrevistados que disseram que tiveram pouca troca de mercadoria, entre os motivos para isso está pela qualidade ou do tipo de produto, pelo fato de as pessoas ainda não terem voltado das férias ou ainda porque a própria pessoa se auto presentou”, finaliza coordenador de Tecnologia Informação e Inovação da CDL Caxias.

Divulgação Sabe Caxias:

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