Orquestra de Sopros apresenta concerto de abertura da temporada 2022

Primeira apresentação será em homenagem ao Centenário da Semana da Arte Moderna

A Casa da Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima abre as portas para receber a Orquestra Municipal de Sopros, no dia 10 de abril, às 20h, para a primeira das audições da temporada de 2022. O concerto será dividido em duas partes. Em um primeiro momento visa à consolidação da banda sinfônica como um corpo sonoro concertista; o segundo faz uma homenagem ao Centenário da Semana da Arte Moderna. “A orquestra está tendo uma postura otimista para esta abertura da temporada. Pretendemos trabalhar com música erudita, concertos no Teatro Municipal e fazer apresentações para grande público. Em resumo, a expectativa é de que a banda sinfônica possa se aproximar mais da comunidade”, ressalta Gilberto Salvagni, maestro da orquestra.

De acordo com o maestro, o primeiro momento reunirá obras de compositores que se dedicaram à orquestra de sopros, ou seja, a este tipo de instrumentação. No segundo, na homenagem ao Centenário da Semana da Arte Moderna, será executada Bachianas Brasileiras No 2 – Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos, dentre outras com o DNA da música brasileira. O concerto terá o acordeonista Rafael De Boni como solista convidado.

A Semana da Arte Moderna teve como proposta apresentar uma nova estética para todas as artes, além de iniciar o movimento modernista brasileiro, inspirado nas vanguardas europeias. A manifestação artístico-cultural ocorreu entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo.

Os ingressos devem ser retirados de forma antecipada na Casa, das 8h às 17h, a partir da quarta (06/04). No dia do espetáculo, a bilheteria abre duas horas antes caso ainda tenha ingressos. A entrada é franca, com a sugestão da doação de um quilo de alimento não perecível.

Divulgação Sabe Caxias:

 

PROGRAMAÇÃO

Satoshi Yagisawa

Machu Picchu – City in the Sky

Machu Picchu – City in the Sky de Satoshi Yagisawa (Japão) faz uma descrição sonora da enigmática cidade da civilização inca. A capacidade de transformar um ambiente e uma história em música é o grande destaque da composição.

Michael Markowsky

Shadow Rituals

Shadow Rituals, de Michael Markowsky, é uma composição complexa e de exuberante elegância, digna de vencer o primeiro concurso Frank Ticheli de composição, enquanto seu compositor tinha apenas 20 anos de idade. Markowski a descreve como rítmica, energética e desafia o intérprete a estar constantemente engajado na música.

Michael Giacchino

Symphonic Suite from Star Trek

Symphonic Suite from Star Trek, de Michael Giacchino, com arranjo de Jay Bocook, é uma obra adaptada para banda sinfônica. A música segue à risca a estética da trilha sonora de filme de ficção científica em cenário espacial. O compositor presta uma homenagem aos temas compostos 50 anos antes por Alexander Courage.

Ernesto Nazareth 

Odeon

Odeon, de Ernesto Nazareth, é uma composição genuinamente brasileira. O caráter satírico, malandro, por vezes cômico da melodia, se soma à tradição europeia de contrapondo que ajudou Nazareth a criar o tango brasileiro. O maestro Gilberto Gagliardi, profundo conhecedor da instrumentação, é quem escreve o arranjo.

Heitor Villa-Lobos

Bachianas Brasileiras No 2 – Trenzinho do Caipira

Principal representante da música na Semana de 22, Villa-Lobos conviveu com os chorões (compositores e músicos do choro) e desde jovem percorreu o Brasil para absorver e coletar material folclórico que seria uma das fontes de seu estilo maduro. Na série Bachianas Brasileira, Villa-Lobos buscou uma síntese entre as matrizes musicais brasileiras e a estética de J. S. Bach. O Trenzinho do Caipira exibe também a impressionante capacidade de abstração do compositor ao organizar notas musicais para representar os ruídos de um trem. O arranjo é de Lucien Cailliet.

José Ursicino da Silva (Mestre Duda)

Suíte Nordestina

Suíte Nordestina, de José Ursicino da Silva (Mestre Duda), mostra em seus movimentos (baião, maracatu e frevo) os ritmos que melhor representam o Nordeste Brasileiro. Mestre Duda é um dos mais célebres compositores brasileiros, também destacado arranjador instrumentista e professor de música.

Guinha Ramires

Barra do Ribeiro

Barra do Ribeiro, de Guinha Ramires, com arranjo de Gilberto Salvagni, representa a cultura regional por meio da milonga portenha, ritmo que faz parte do tradicionalismo gaúcho e remete aos ares do campo. O solo de acordeon de Rafael De Boni promove o encontro da sonoridade da Banda Sinfônica com o regionalismo gaúcho como que sintetizando o concerto.

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