EDITORIAL SABE CAXIAS: Entre a guerra e a solidariedade, a humanidade segue em conflito existencial

O terremoto na Turquia e na Síria, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, as disputas polarizadas pelo poder no mundo e uma série de guerrilhas localizadas, declaradas ou não, denunciam uma humanidade altamente desenvolvida em termos tecnológicos, mas ainda em profunda crise existencial.

Reprodução: Imagem do filme “2001 Uma Odisséia no Espaço” 1968

Não é possível aceitar que a vida tenha tão pouco valor nesta época de tantas luzes científicas. Com o mesmo pensamento primitivo de supremacia e conquista, desde que aprendeu a roubar o alimento do semelhante da caverna, suas mulheres e suas casas, parece que a evolução da civilização avança apenas na direção do armamentismo. Construir e destruir é a sina desta humanidade subordinada aos belicosos líderes do momento, que pouco se diferenciam daqueles do passado, ressalve-se algumas retóricas exceções, por que a prática da paz é que urge neste momento.
É claro que não se pode ignorar o grande número de seres humanos desprendidos de fanatismos políticos ou fundamentalismos religiosos, que são capazes de pensar na vida humana como maravilha da criação e com profundo respeito, movem esforços e energias para remendar os rombos dos estados estabelecidos em suas fronteiras, no melhor exemplo de que o planeta é um só, o gênero humano está intrinsicamente inserido no ecossistema mundial e é preciso trabalhar de forma coletiva e mundial para salvar o planeta da derrocada absoluta.

“Talvez a Organizações das Nações Unidas precise acelerar mundialmente os esforços de paz mundial, utilizando a voz dos solidários não apenas para curar as feridas do mundo, mas também e principalmente para evita-las, antes que seja tarde demais”.

Os desastres naturais evidentemente são diferentes de guerras, mas ambos fenômenos podem alertar sobre a fragilidade dos corpos humanos, sistemas políticos e sociais e diferenças religiosas. A dor é igual para todos, mesmo que os materialmente ricos encontrem melhores condições materiais de sobrevivência.
Os sistemas econômicos mundiais conflitam-se. As ideologias do crescimento econômico contradizem-se. Os debates nos congressos democráticos são belos em retórica e intensões, mas os movimentos sociais no sentido de gerar renda e irradiar riqueza para a humanidade são lentos.
Entre a solidariedade e a guerra, a história vai se repetindo século a século sem que uma avenida real de pacificação, entendimento e real consenso de convivência seja posto em prática no planeta cada dia mais globalizado, isso se não acontecer uma catástrofe tecnológica ou uma guerra mundial.
A humanidade precisa resolver no indivíduo seus conflitos de consciência. As diversidades culturais não precisam impedir uma convivência pacífica e a subsistência sustentável entre as nações. Se a guerra é um grande desperdício de forças e uma ameaça presente para todos os cidadãos mundiais, a falta de consciência individual e coletiva é ainda maior. Chefes de estado, marajás, reis, magnatas são tão perecíveis quanto operários ou humilhados índios yanomamis.
Talvez a Organizações das Nações Unidas precise acelerar mundialmente os esforços de paz mundial, utilizando a voz dos solidários não apenas para curar as feridas do mundo, mas também e principalmente para evita-las, antes que seja tarde demais.

Divulgação Marketing Sabe Caxias.
Jornalista Responsável: Miguel Brambilla MTB 10712

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