Caxias está entre as prioridades de manutenção do DAER, afirma diretor
Prefeitura e governo do Estado estiveram reunidos para tratar de questões viárias do município
Na conversa, o grupo ouviu de Faustino que, com a concessão de diversos trechos das rodovias estaduais, o DAER poderá dar mais atenção a outras áreas, e Caxias é uma das prioridades. Com a retomada de investimentos pelo governo do Estado, a recuperação de estradas deverá receber um volume maior de recursos. Nos últimos dois anos foram investidos mais de R$ 500 milhões em todo RS.
“Na Serra, em termos de manutenção, nossos dois pontos prioritários são o trecho entre Caxias e Lajeado Grande, e o acesso a Caxias”, indicou. Esse segundo trecho é o que vai do Viaduto do Torto até a Rua Cremona.
Intersecções da Rota do Sol
As intersecções da RSC 453 (Rota do Sol) com a Avenida Atílio Andreazza, e com a Rua General Alexandre Simões dos Reis (conhecida como Travessão Leopoldina) foram apresentados como os dois principais gargalos em termos de segurança viária e riscos de acidentes.
“Essa segunda intersecção é o acesso ao bairro Serrano, e é hoje um dos pontos de maior risco de acidentes graves na cidade”, alertou o secretário Alfonso.
Para otimizar a mobilidade e a segurança viária nas duas áreas, o município tem projetos básicos iniciados, que foram apresentados na reunião. O material foi entregue para que a empresa contratada pelo DAER complemente os projetos. O estado e o município vão em busca de recursos para execução das obras.
Acesso a Caxias (RS 453 do Viaduto até a Rua Cremona)
Sobre o acesso a Caxias, é de responsabilidade do estado a sua conservação e manutenção dos canteiros e áreas de domínio. A reivindicação é de maior frequência nas roçadas. Coincidentemente, no dia da reunião a empresa terceirizada estava executando o trabalho na via, mas os intervalos entre uma roçada e outra precisam ser menores.
O fato de o trecho ter ficado de fora da concessão rodoviária, segundo a secretária Margarete, apresenta aspectos positivos.
“É um trecho integrado à malha viária da cidade, praticamente compondo o tecido urbano com fortes características de avenida coletora. A sua concessão poderia acarretar maiores dificuldades no que refere a licenciamentos de atividades e gestão do uso do solo ao longo desse trecho”, explicou.
Uma alternativa considerada na reunião foi a municipalização do trecho. No entanto, a condição seria que o estado implementasse as obras necessárias, como por exemplo o acesso secundário ao Desvio Rizzo.
Com a municipalização deste trecho rodoviário, que apresenta cinco quilômetros, o município assumiria a manutenção e poderia atuar no paisagismo ou outras qualificações urbanísticas. Esses tipos de ações não são de competência do DAER, que atua em manutenção e roçadas para resolver problemas de visibilidade e trafegabilidade.
“Mais do que ter uma roçada em dia, a entrada da cidade merece e deve estar bonita, ter um paisagismo compatível com o acesso ao centro da cidade”, explica a vice-prefeita Paula.
Se o trecho for municipalizado, também poderá entrar nos programas de adoção de áreas da cidade.
Acessos ao Aeroporto de Vila Oliva
Na segunda metade da reunião, o secretário Costella esteve presente para tratar dos acessos do aeroporto da Serra Gaúcha, em Vila Oliva. A pauta foi uma demanda do governador Eduardo Leite.
“O governador quer saber como o Estado pode auxiliar para que essa etapa avance”, resumiu.
Há três obras necessárias sobre as quais o município e o Estado já vêm negociando: 1) um trecho que liga São Marcos à Vila Seca; 2) acesso de Fazenda Souza na Rota do Sol, ao aeroporto; e 3) a estrada que liga o aeroporto a Gramado. Nesta última também é necessária, além de pavimentação, a construção de uma ponte sobre o Rio Caí.
Ficou acordado que uma reunião será realizada em Caxias, nos próximos dias, com os prefeitos envolvidos e o DAER, para avançar com as negociações, possivelmente na forma de convênio entre municípios e Estado, para que as obras sejam executadas.