Proposta sugere alterar sinais sonoros de escolas para proteger alunos autistas
Sugestão é de autoria da vereadora Tatiane Frizzo e de um grupo de mães
A vereadora Tatiane Frizzo/PSDB protocolou uma indicação, na última sexta-feira (10/03), solicitando a substituição de sirenes e alarmes utilizados em escolas públicas municipais e privadas de Caxias do Sul. A solicitação da parlamentar prevê a alteração por outros meios não agressivos e inclusivos de indicação horária. A proposta visa a proteção de crianças com hipersensibilidade sensorial, como os autistas, e a inclusão de crianças com deficiência auditiva.
A ideia surgiu de uma reunião de um grupo de mães, liderado por Claudia Hilian e Renata Shelck, com a vereadora. No dia 06 de março, elas levaram a proposta para a titular da Secretaria Municipal da Educação, Sandra Negrini.
Conforme a parlamentar, os autistas apresentam desordem comportamental ao escutarem sons desagradáveis e não esperados, situação que os deixam absolutamente vulneráveis. Ela destaca também que os ruídos emitidos pelos alarmes das escolas apresentam inúmeras desvantagens para a saúde de todos que integram o ambiente de ensino.
“É de extrema importância revermos os sinais sonoros das escolas. E além do dispositivo sonoro, devemos pensar também em sinais alternativos, como sinais luminosos, contemplando a inclusão das crianças que possuem deficiência auditiva,” destaca.
A sugestão ao Executivo leva em consideração diversos estudos, entre eles, que indica que a prevalência de autistas hipersensíveis ao som pode chegar até 40%, sendo que 53% das crianças autistas têm reações a sons intensos. Em relação a hipersensibilidade auditiva, segundo testes com Limiar de Desconforto a Sons, 63% dos autistas não suportam estímulos acima de 80 decibéis (dB).
Divulgação Sabe Caxias: