Mulher: amor fora do peito // Lisiane Knob da Costa – Ginecologista e especialista em Reprodução Humana Assistida

Lisiane Knob da Costa – crédito Alex Battistel

A mulher é todo um esplendor na forma de ser. E a maternidade, no meu entender, é o que ganha o maior protagonismo como base da sociedade, embora todas nossas funções sejam igualmente fundamentais. Desde pequenas, na grande maioria, nós mulheres visualizamos o futuro com filhos e uma família. Começamos ninando e cuidando das bonecas. Naquelas famílias em que há irmãos, participamos da criação, observamos a mãe e seus afazeres, e nos preparamos para o que acredito ser o instinto mais genuíno de todos: a maternidade. Tenho paixão pelos meus filhos e pelo que me move no trabalho – ajudar incansavelmente mulheres a tornarem-se mães.

Cresci em uma família com muitas mulheres fortes e determinadas: avó materna, mãe, madrinha e irmã. Sempre estivemos muito ligadas umas as outras. Filhos fizeram parte do desejo de todas. Hoje sou neta, filha e mãe. Prioridades, a forma como enxergamos o mundo e o relacionamento com as pessoas mudam após a chegada das crianças. Não estou dizendo que a maternidade é um mar de rosas, porque ela é cheia de desafios, mas participar do crescimento de um serzinho que te olha com o amor mais puro do mundo e que te tem como referência de afeto é incrível.

Por falar em desafios, eles já começam quando a gestação é programada: o medo e a ansiedade pelo que vem pela frente. “Vamos conseguir engravidar?” “A gravidez será tranquila?” “E o parto, normal ou cesariana?”. O primeiro banho, a troca de fraldas, a primeira papinha, os primeiros passos, o primeiro dia de escola, aquele aperto no coração: será que vai ficar tudo bem longe de mim? Dar conta do trabalho, do dia a dia, da vida a dois, atenção aos pais e aos amigos. É importante equilibrar todas as áreas, porque são parte essencial da vida.

Conseguir gerar um filho nem sempre é tão fácil como pensamos. Acompanho diariamente, há quase quinze anos, mulheres lutando para conseguirem ter seus bebês. Acredito que todos aqueles que desejam verdadeiramente serem pais, têm o direito de ser. Essa é a experiência mais linda e enriquecedora da vida de alguém. É uma satisfação sem explicação participar da alegria quando o exame de gravidez vem positivo, do exame de ultrassom com o coraçãozinho pulsando daquele filho tão desejado. Não há como não reviver os momentos pelos quais também passei. A maternidade é o instinto mais legítimo de todos. Filhos são o maior amor que podemos experimentar e, por toda a vida, eles serão nosso coração batendo fora do peito.

Divulgação Sabe Caxias:

 

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