Varejo em Porto Alegre cai 16,8% na quinta semana após início das enchentes

Comparação com período similar ao do ano passado. No caso das 30 cidades mais afetadas, faturamento subiu 2,7%

(Barueri – 05/06/2024) – Cinco semanas após o início das enchentes, o Varejo em Porto Alegre (RS) caiu 16,8% em relação a período similar do ano passado, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). A análise considerou o período de 27 de maio a 2 de junho. Nas trinta cidades mais afetadas pelas enchentes — com exceção de Porto Alegre —, o Varejo cresceu 2,7% no mesmo intervalo analisado.

Porto Alegre

O resultado da capital na quinta semana mostra uma desaceleração no comércio em relação à quarta semana após o início das enchentes. Isso porque, entre os dias 20 e 26 de maio, o faturamento do Varejo em Porto Alegre havia registrado queda de 9,7% ante período similar de 2023.

Em comparação às primeiras semanas de maio, entretanto, os números da quarta e quinta semanas demonstram reação do comércio na capital. Na primeira semana analisada pelo ICVA (29 de abril a 5 de maio), logo após o início das enchentes, o Varejo caiu 17,4% em comparação a período similar do ano passado. Na segunda semana (6 a 12 de maio), a queda foi ainda mais acentuada (-31,1%); e entre os dias 13 e 19 (terceira semana), houve retração de 21,5%.

As trinta cidades mais afetadas pelas enchentes

De acordo com estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a equipe do ICVA elencou as trinta cidades gaúchas mais afetadas* pelas enchentes no mês de maio — exceto Porto Alegre. O desempenho consolidado do Varejo nestes municípios cresceu 2,7% entre os dias 27 de maio a 2 de junho em relação a período similar de 2023.

Assim como na capital, houve desaceleração em relação à 4ª semana, quando o desempenho consolidado desse grupo de cidades foi de alta de 12,7%.

Em relação ao restante do mês, na primeira semana de maio houve queda de 27,8% do Varejo consolidado das trinta cidades; na segunda, de 9,2%. Na terceira semana o comércio nestas cidades reagiu e cresceu 4,9% em relação a período similar de 2023.

Rio Grande do Sul

Já o Varejo no Rio Grande do Sul voltou a cair na quinta semana após as enchentes depois de três semanas consecutivas de crescimento. O faturamento na quinta semana apresentou baixa de 0,6%, ante altas de 6,0% na quarta semana; 10,5% na terceira semana e 2,0% na segunda semana. Já na primeira semana após as enchentes o comércio encolheu 15,7%.

“Na visão do estado, observamos crescimento apenas em postos de combustíveis e supermercados. No conjunto das trinta cidades mais afetadas, sem a inclusão de Porto Alegre, vemos outros setores crescendo, como vestuário, possivelmente por causa da onda de frio nessas últimas duas semanas. Já na capital, especificamente, houve queda em todos os setores”, diz Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

O executivo afirma, ainda, que no início de junho houve aumento no ticket médio em todos os setores analisados, quando comparado à quarta semana após o início das enchentes (20 a 26 de maio). “Entretanto, o ticket médio ficou abaixo do observado na primeira semana de análise, entre os dias 29 de abril e 5 de maio. Isso reforça a teoria de que logo após o início do desastre os consumidores ‘estocaram’ itens básicos e gastaram mais por compra”, diz Alves.

* O critério utilizado foi o número de pessoas atingidas, conforme dados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As trinta cidades são Arroio do Meio, Barra do Ribeiro, Canela, Canoas, Cerro Branco, Colinas, Cruzeiro do Sul, Dona Francisca, Eldorado do Sul, Encantado, Estrela, Faxinal do Soturno, General Câmara, Gramado, Guaíba, Guaporé, Lajeado, Marques de Souza, Montenegro, Muçum, Nova Santa Rita, Rio Pardo, Roca Sales, Santa Cruz do Sul, São Jerônimo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Triunfo e Vale Real.

SOBRE O ICVA

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por cerca de 820 mil varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.

O ICVA foi desenvolvido pela área de Business Analytics da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.

COMO É CALCULADO

A unidade de Business Analytics da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo. Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.

Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.

Divulgação Sabe Caxias:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *