Artigo | Desastres Climáticos no Rio Grande do Sul e a Urgência de Ações Concretas
Não somente no Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho, mas diariamente é essencial refletirmos sobre os desafios ambientais que enfrentamos globalmente, especialmente frente ao desastre climático devastador que vivenciamos recentemente no Rio Grande do Sul.
As enchentes que atingiram mais de 400 cidades no Estado, especialmente no final de abril e início de maio de 2024, deixaram uma trilha de destruição. Os números são alarmantes com milhares de pessoas desalojadas, centenas de vidas foram tragicamente perdidas e com dezenas de pessoas ainda desaparecidas, além de centenas de animais abandonados à própria sorte.
Essa catástrofe climática expõe a urgência de ações contra a crise climática. O Brasil enfrentou 12 eventos extremos em 2023 e a situação só tende a piorar. As mudanças climáticas estão impactando diretamente a vida das pessoas, a economia e o meio ambiente.
As lições dos recentes eventos levam a uma única conclusão, o Rio Grande do Sul precisa investir em medidas de adaptação para minimizar os danos causados por eventos climáticos extremos, isso inclui planejamento urbano, sistemas de alerta precoce e infraestrutura adequada.
Também é crucial reduzir as emissões de gases de efeito estufa que impactam diretamente nas mudanças climáticas e investir em energia limpa. A população precisa de educação ambiental para estar ciente dos riscos climáticos e adotar práticas sustentáveis para prevenção de catástrofes como a ocorrida em nosso Estado.
O Rio Grande do Sul foi um exemplo concreto dos impactos das mudanças climáticas. É hora de agir, investir em soluções sustentáveis e proteger nosso planeta para as futuras gerações. A emergência climática não pode ser ignorada.
Gabriela Felippi Parisotto
Coordenadora da Comissão de Direito Ambiental – CDA, da OAB – Subseção de Caxias do Sul